Nós Somos...

Nós Somos...

Por todas as vidas que um dia conhecemos e de alguma forma ajudamos a Recuperar.Por todos aqueles que nos apoiam e sempre nos apoiaram de alguma forma, provando que também acreditam na Recuperação.Por todos amigos que fizemos, que estiveram e que ainda estão conosco nesta árdua caminhada.Por um mundo sem o flagelo de uma grande infelicidade, que assola a humanidade nos dias de hoje e que se chama “DROGA”.Por todos aqueles que partiram sem vislumbrar a Luz da Recuperação.Por toda ESPERANÇA, todo AMOR e toda em um mundo LIMPO, onde prevalecerá a dignidade e o respeito pela vida.

Por Hoje... e Só por Hoje;

Somos a Raios de Sol; sempre acreditando que Viver, Vale a Pena!

sábado, 28 de julho de 2012

Alcoolismo na Terceira Idade

por Dra. Larriany Giglio


A prevalência de transtornos relacionados ao uso de álcool entre idosos é maior do que se imaginava. Dados recentes revelam que o problema não costuma ser diagnosticado na terceira idade devido aos sintomas do alcoolismo serem atribuídos a outras doenças crônicas como demência e depressão ou, muitas vezes, ao próprio envelhecimento. 

Em um país em que a população está vivendo 25 anos a mais, comparado à década de 60, é este o momento certo para abrir uma discussão sobre o assunto. Transtornos relacionados ao álcool são comuns entre idosos e são muitas vezes subdiagnosticados, uma vez que os instrumentos de rastreamento mais utilizados e os critérios de diagnósticos atuais são voltados para pessoas mais jovens, e ainda, devido ao pouco preparo dos profissionais de saúde em abordar o problema nesta faixa etária. Sendo assim, ignoram evidências e questionamentos que ajudam a diagnosticar a dependência e, quando percebem o abuso do álcool, tratam como tolerável e não encaminham o paciente ao tratamento adequado.

Parece pouco, mas os efeitos da bebida nessa faixa etária também são graves: o fígado exibe redução da metabolização, o tubo digestivo diminui a capacidade de absorção, o estômago reduz a absorção de vitamina B12 e o pâncreas torna-se mais propenso aos quadros de pancreatites aguda e crônica. A polifarmácia e a utilização de medicamentos de venda livre aparecem como outros complicadores, podendo inclusive resultar em morte por associação de substâncias, como benzodiazepínicos e álcool.

O que leva os idosos a serem mais vulneráveis ao uso de álcool do que os jovens são os riscos maiores de efeitos adversos que eles apresentam, mesmo consumindo em doses baixas. É lamentável que o problema seja pouco avaliado e conhecido. A gravidade das alterações comportamentais e físicas torna extremamente importante a realização de estudos que compreendam esta faixa etária para que se possa conhecer a real extensão do problema por meio de medidas preventivas específicas e tratamento adequado.

FONTE : http://vencendo-o-alcoolismo.blogspot.com.br

quinta-feira, 12 de julho de 2012

NÃO SABE COMO LIDAR COM USUÁRIO DE DROGAS? PEÇA AJUDA


DROGAS E ALCOOLISMO NÃO É MODA! MAS, TAMBÉM NÃO É MOTIVO DE VERGONHA!

Com o crescente e dinâmico avanço do “Mal do Século XXI”, o uso de drogas e alcoolismo, infelizmente, daqui a alguns anos de cada dez pessoas, dez terão conhecido ou convivido com um usuário de drogas ou alcoólatra.

Raios de Sol



Um estudo da experiência do atendimento de grupo de familiares de usuários de drogas.
A idéia deste trabalho surgiu das inquietudes da vivencia profissional como
assistente social. A pergunta, como lidar com o usuário de drogas está presente nas diversas
áreas de atuação, seja no atendimento social, em reuniões clínicas de equipe, em
encaminhamentos, orientações, consultorias e capacitações. Não são apenas pessoas que se
relacionam diretamente com o usuário de drogas que tem esta indagação, profissionais de
diversos seguimentos também encontram dificuldades no trato com o dependente químico.
Desafiador é formular a resposta. A formação de conhecimento linear exige uma resposta
objetiva e resolutiva, ou seja, uma fórmula a ser seguida.


Júnia Teixeira da Costa


Veja um resumo do estudo e pesquisa de Junia Teixeira Costa com famílias de dependentes químicos e alcoólatras que buscaram ajuda na Associação Brasileira Comunitária e de Pais para Prevenção do Abuso de Drogas/ABRAÇO para enfrentarem os impactos do uso de substâncias psicoativas e o tratamento do usuário.
A Associação ABRAÇO é usada como referência em virtude de ser a fonte dos estudos da Pesquisadora Junia. No entanto, existem incontáveis locais e meios onde quem precise ou tenha interessa para que se possa buscar informações e ajuda. Em último caso é sempre recomendável que, na falta de opção competente, se busque informações em Postos de Saúde, Secretaria de Saúde de sua cidade, Polícia Militar, Bombeiros, Policia Civil, Guarda Civil Municipal ou Metropolitana; entidades governamentais que poderiam orientar e encaminhar quem precise e queira realmente ajuda.  


As famílias que participaram deste grupo buscaram ajuda na Associação Brasileira
Comunitária e de Pais para Prevenção do Abuso de Drogas/ABRAÇO para enfrentarem os
impactos do uso de substâncias psicoativas e o tratamento do usuário. O processo iniciou com o contato da família, pessoalmente e/ou por telefone, agendando a primeira entrevista com a assistente social onde foi feito o convite para participar do grupo. As reuniões do grupo ocorreram semanalmente sendo um total de seis encontros. A participação nas reuniões e atividades propostas foi voluntária. Assim foi trabalhada a complexidade das relações enfocando (valorizando) as vivências dos participantes onde o profissional se colocou numa postura do “não saber” exercendo o papel de coordenador das discussões. O grupo co-construindo uma nova visão do problema criando estratégias de mudanças de melhoria das relações familiares/sociais. A proposta respeitou as demandas das famílias tendo uma atenção ao demandante. As reflexões do trabalho foram flexíveis, seguindo os temas relacionados aos problemas trazidos pelos participantes.


Veja a transcrição do resultado no quadro abaixo, vale ressaltar que foi feita a cópia
do que estava escrito no papel, tal qual o depoimento dos participantes, não havendo correção do português.

Quadro das expectativas e avaliações feitas pelos participantes do grupo de familiares de
usuários de álcool e drogas/ ABRAÇO 2006

FAMILIAR
Expectativas
Avaliações
1
“Espero que vocês mim ajude a lidar com esta
situação e mim oriente porque eu não sei mais o
que fazer.”
“Para mim foi um grupo rico. Eu aprendi a lidar com a droga. O que
falar na hora certa. O que fazer e também como poder ajuda meu
filho. Sinto mais forte e confiante mais segura. Tive várias
experiências, aprendi coisas grandiosas e valorosas com o grupo. Só
tenho que agradecer por esta porta que me foi aberta na hora certa,
foi tudo que eu precisava no momento de angustia e fraqueza.”

2
“Que o filho pare de usar drogas.”
“Eu agradeço a atenção dispensada a minha pessoa, gostei de ter
participado das reuniões mas, não foi o que eu esperava da
instituição, pois esperava muito mais a minha expectativa é muito
maior eu creio que saí quase que da mesma forma que entrei,
desculpe a sinceridade, agradeço.”

3
“ como lidar com o dependente químico”

“Eu não achei “me encontrei”. Aprendi como lidar com as
dificuldades do meu irmão e ver que o problema que eu passo não
sou a única a passar, de certa forma existem famílias com problemas,
semelhantes e até piores que o meu. Aprendi a me posicionar diante
das dificuldades que ele me causa em resumo estou mais tranqüila e
sabendo mais a respeito dos meus limites das obrigações dele, isto
não só com ele ( meu irmão ) mas até com as outras pessoas e
inclusive com meus filhos. Obrigado a Abraço e o meu abraço as
pessoas que com carinho me acolheu.”

4
“Espero ajuda no sentido de me fortalecer para
ajudar meu filho a se encontrar, a se estruturar para
abandonar seus vícios e o grupo de amigos em que
ele se encontra inserido atualmente.
Preciso me sentir segura do que falar, de como
agir, de como me aproximar deste filho que tanto
amo.”

“Quando procurei a ABRAÇO, eu esperava encontrar fórmulas
para resolver os problemas do meu filho. Acabei descobrindo que
estas fórmulas prontas não existem. O que existe é um reconstruir das
relações, consegui me fortalecer, ainda estou no processo de
fortalecimento. Consegui sair um pouco do problema, pensar em
mim. Estou estudando novamente, estou enxergando minhas outras
filhas meu marido... e as coisas começaram a acontecer ( as coisas
boas, a aproximação mais saudável). Apesar de me sentir ainda
insegura em certas atitudes, estou mais aliviada. Estou aprendendo a
respeitar”

5
“Só teremos condições de ajudar alguém, se
tivermos condições de avaliarmos a proporções do
problema que a pessoa a ser ajudada está
enfrentando, para isso temos que fortalecermos
antes de partir para a tarefa de ajudar uma pessoa
que está necessitada de ajuda. Ajudem, mas usem o
coração”

“O resultado foi muito compensador, quando procurei a ABRAÇO
por intermédio de minha esposa, achava que estava já preparado para
ajudar minha filha, estava enganado, com o decorrer dos encontros,
vi muitos depoimentos de casos de usuários e dependentes de drogas
muito mais avançado, e pude ver o sofrimento de cada um, isso me
fortaleceu; e ajudará nas minhas tarefas futuras que irei enfrentar
daqui pra frente. A coordenadora Júnia foi muito de acordo com as
situações individuais de cada um, ao meu ver teremos uma nova vida
daqui pra frente e temos condições de estar ajudando nossos filhos e
outras pessoas.”

6
Aprender a lidar com o usuário

“Eu busquei ajuda porquê estava sentindo mal em todas áreas
deprimida, cativa, e como escrava de todos em minha casa.
Mas, encontrei a ABRAÇO e pessoas capacitadas que veio
revolucionou minha vida, me fez conhecer melhor e a enxergar o
outro todo. Estou muito fortalecida, feliz e certa que daqui para frente
serei outra. Foi muito bom, acho que deveria continuar. Gostei da
turma e a assistente é 100% boa. Amei.”



Refletindo

No espaço de conversação foi possível perceber os impactos nas relações familiares
causados pelo uso de substâncias psicoativas por um de seus membros. A descrição das
expectativas dos seis familiares observados remete a um processo de vivencias, o qual, de alguma forma cega os sujeitos dificultando o reconhecimento de estratégias alternativas.
Diante das expectativas dos familiares, fica evidente a formação do conhecimento
pautado na ciência linear, estática e objetiva que visa o controle pelo determinismo. É
possível distinguir o sentimento de busca de uma solução, de uma fórmula pronta para
resolver os problemas. As expectativas de como lidar com o dependente químico(Familiar,6)
ou que o filho pare de usar drogas(Familiar,2) ilustra um déficit de criatividade ao depositar o poder de solução em uma instituição.
Os familiares depositam na instituição e no profissional o poder de previsibilidade e
controle da situação. Vale ressaltar que ¨[...] o alcoolismo está inevitavelmente arraigado na rede de interações familiares. Essas interações incluem tanto comunicações abertas e impactos diretos como processos dinâmicos de grande sutileza" (GRIFFTH, 1987, p. 51), isto vem sendo observado também em famílias de usuários de outras drogas. Considerando a família fator de risco e de proteção para o uso de álcool/drogas, torna-se necessário incluí-la nas ações de trato desta questão. É importante lembrar que não é de competência única, mas de integração de uma rede de competências e estratégias para lidar com o uso de álcool/drogas.
Retomando as observações, aparecem sentimentos de frustração por não ter
conseguido resolver o problema quando um familiar diz que não sabe mais o que
fazer(Familiar,1). Por outro lado, surge nuances de culpa, de se auto-responsabilizam pelo uso
de álcool/drogas do ente querido. Um dos familiares coloca ¨preciso me sentir segura do que
falar, de como agir, de como me aproximar deste filho que tanto amo¨ (Familiar,4), mostrando
uma espécie de punição/obrigação por ter cometido um delito. A punição da culpa é retratada
na expectativa do familiar adquirir o poder de solucionar uma questão complexa e processual.
O sentimento aqui é de dar conta disto pois é sua obrigação por ter errado em algum momento
da vivencia familiar.
Faz-se necessário pontuar que a família de usuários de álcool/drogas passa por um
dose de estresse, comprometendo a integridade física e mental de seus membros. Isso foi
apontado nas expectativas dos familiares 1 e 5 respectivamente: ¨[...] eu não sei mais o que
fazer.¨; ¨[...] para isso temos que fortalecermos antes de partir para a tarefa de ajudar uma
pessoa que está necessitada de ajuda.¨ Mostra sentimentos de exaustão de tentativas
inconsistentes como dito na avaliação do familiar 6: “Eu busquei ajuda porquê estava
sentindo mal em todas áreas deprimida, cativa, e como escrava de todos em minha casa[..]¨.
No espaço de conversação o profissional coordena as falas se colocando na posição
de não saber, dando poder às vivências dos familiares. O poder circula no processo de coconstrução
de alternativas, desenvolvendo o potencial criativo dos participantes através de perguntas reflexivas.


REFERÊNCIAS E FONTES:

Júnia Teixeira da Costa – Assistente Social, Mestranda de Psicologia PUC/MG, Especialização em Atendimento a Dependência Química
PUC/MG – IEC; Especialização em Atendimento Sistêmico à Família, PUC/MG-IEC; Especialização em Administração de Recursos
Humanos - UNA/CEPEDERH-BH/MG.

GRIFFITH, Edward. O Tratamento do Alcoolismo. São Paulo: Martins Fontes, 1987.

Associação Brasileira Comunitária de Pais para Prevenção ao Abuso de Drogas -ABRAÇO - Campo Grande / MS


Fonte Principal: www.fafich.ufmg.br

LINK PARA BAIXAR O ARTIGO NA ÍNTEGRA:

quarta-feira, 11 de julho de 2012

O PRECONCEITO, A IGNORÂNCIA E A DESINFORMAÇÃO SOBRE A ADICÇÃO ALCOÓLICA

Alcoolismo é doença 

e isto é difícil de se aceitar;

além de ser uma das portas de entrada
 
para o mundo das drogas 


O abuso do álcool é um importante problema de saúde pública em todo o mundo, especialmente nos países ocidentais e industrializados, onde é uma causa comum de doença e morte. Origem de muitos distúrbios psicossociais, o uso crônico e excessivo de bebidas alcoólicas pode provocar várias doenças em órgãos vitais, como fígado, pâncreas, coração e sistema nervoso.
O risco destas doenças aumenta à medida que o consumo de álcool é maior. Este quadro pode ser ainda mais grave, pois muitos médicos não estão familiarizados com o diagnóstico de alcoolismo ou podem compactuar com o desejo de proteger a família dos estigmas de ter um parente alcoólatra.
O termo alcoolismo tem sido substituído por duas categorias: abuso do álcool e dependência do álcool. Os critérios para o diagnóstico da doença dependem mais dos sintomas e problemas causados pelo álcool do que da freqüência e quantidade de bebida ingerida.
Critérios de diagnóstico do alcoolismo
De acordo com os critérios do manual de doenças mentais da Associação Americana de Psiquiatria (DSM-IV), o diagnóstico de dependência do álcool requer a presença de três ou mais dos seguintes critérios no último ano do paciente:
tolerância: necessidade de ingestão de quantidades cada vez maiores para produzir o efeito desejado ou a intoxicação ou diminuição do efeito do álcool com a ingestão das mesmas quantidades.
abstinência: ocorrência de sintomas desagradáveis com a retirada do álcool ou o alívio destes sintomas com o retorno do uso do álcool.
falta de controle no uso do álcool: falha na tentativa de parar ou diminuir o uso de álcool ou o uso de quantidades maiores por tempo mais prolongado do que se tinha planejado inicialmente.
prejuízo das atividades diárias: redução ou prejuízo nas atividades sociais, ocupacionais ou recreacionais por causa do álcool.
tempo gasto com o uso de álcool: gasto de períodos desordenados de tempo tentando obter a droga, consumindo ou recuperando-se dos efeitos da mesma.
uso do álcool a despeito dos problemas: uso contínuo do álcool mesmo reconhecendo os problemas causados por ele.
Forte desejo ou compulsão para beber
O mesmo manual define o abuso do álcool como um padrão de má adaptação ao seu uso, levando a prejuízos clinicamente significativos, manifestos por um ou mais dos seguintes critérios, também no último ano, como:
  • uso de álcool recorrente resultando em prejuízo nas obrigações do trabalho, de casa e da escola;
  • uso recorrente de álcool em situações fisicamente perigosas;
  • problemas legais relacionados ao uso de álcool;
  • uso contínuo de álcool a despeito de problemas sociais e pessoais recorrentes e persistentes causados ou exacerbados por ele.
Álcool, inimigo número um do fígado
Das inúmeras doenças relacionadas ao álcool, as doenças hepáticas se destacam pela sua grande freqüência e mortalidade. A doença hepática alcoólica pode decorrer tanto do abuso quanto da dependência do álcool. A doença do fígado causada pelo álcool é uma causa importante de problemas de saúde, incluindo esteatose (acúmulo de gordura no fígado), hepatite alcoólica e cirrose hepática.
No Brasil, o álcool é a maior causa de cirrose hepática, e mundialmente é uma das principais causas de transplante hepático. O uso crônico de álcool também causa lesões no sistema nervoso, levando a uma série de sintomas neuropsiquiátricos. Da mesma forma, a doença pancreática é freqüentemente vista em pacientes alcoólatras.
Apesar dos resultados do exame físico e dos testes laboratoriais dos pacientes darem indícios da presença de alcoolismo, o diagnóstico depende basicamente da história fornecida pela pessoa ou seus familiares. A medida de etanol do sangue, por exemplo, reflete apenas o consumo recente (menos de 24 horas). Outras dosagens sangüíneas rotineiramente realizadas podem identificar indiretamente o consumo excessivo de álcool em longo prazo. Uma história cuidadosa da quantidade, da duração e do tipo de bebida consumida é necessária para relacionar estas doenças ao consumo de álcool.
Em busca do melhor tratamento
Uma vez que o diagnóstico de abuso ou dependência do álcool é feito, deve-se discutir com o paciente as opções específicas e mais adequadas de tratamento. O médico pode recomendar acompanhamento especializado e, se a pessoa concordar, até indicar um especialista ou um programa específico, como os Alcoólatras Anônimos (AA), que pode ser fundamental no processo de recuperação. Entretanto, a responsabilidade da mudança de comportamento pertence à pessoa.
É fundamental esclarecer ao paciente que o álcool causa diversas doenças, sobretudo no fígado, isso ajuda a motivá-lo a aceitar a mudança do seu hábito de beber e a realizar os exames de função hepática. Parte da agressão do álcool aos tecidos e órgãos pode ser revertida com a parada do seu uso, desde que as alterações não estejam em estágio avançado.
O impacto dos efeitos nocivos do álcool na saúde do indivíduo pode ser relacionado diretamente às doenças causadas pelo álcool ou indiretamente às conseqüências na família, no trabalho, no grupo de amigos e na sociedade, em geral. Portanto, quem tem tentado parar de beber sem sucesso, tem sido criticado por outras pessoas pelo uso do álcool, tem faltado aos seus compromissos por causa da bebida, tem se sentido mal ou culpado sobre o seu hábito de beber ou se a primeira coisa que faz pela manhã é ingerir bebida alcoólica para sentir-se melhor ou curar uma ressaca, deve procurar um médico imediatamente.




FONTE: VENCENDO O ALCOOLISMO
 

sábado, 7 de julho de 2012

REFLEXÃO-Deus em cada um de nós - Texto Básico, p. 60

"Um aspecto do nosso despertar espiritual surge através da nova concepção do nosso Poder Superior, que desenvolvemos ao partilharmos a recuperação de outro adicto." 


Diz-se por vezes que vemos Deus com maior clareza nos outros. Sentimos esta verdade quando praticamos o nosso 12º Passo. Quando transmitimos a mensagem de recuperação a um outro adicto, sentimos a presença de um Poder superior a nós mesmos. E à medida que vemos a mensagem a assentar, compreendemos uma outra coisa: é a mensagem que transmite a recuperação, não o mensageiro. Um Poder Superior, e não o nosso próprio poder, constitui a fonte da mudança que se inicia quando transmitimos a mensagem ao adicto que ainda sofre. À medida que a mensagem começa a transformar a vida de um outro adicto, vemos um Poder Superior em acção. Vemos como a aceitação e a esperança substituem a negação e o desespero. Vemos aparecerem os primeiros traços de honestidade, de mente aberta, de boa-vontade. Algo está a operar-se dentro dessa pessoa, algo maior e mais poderoso do que qualquer um de nós. Estamos a presenciar a acção do Deus da nossa concepção na vida de uma outra pessoa. Vemos o Poder Superior dentro delas. E sabemos, com uma certeza maior do que nunca, que este Poder Superior está também dentro de nós, a guiar a nossa recuperação. 

Só por hoje: À medida que transmito a mensagem de recuperação a outros adictos, tentarei prestar atenção ao poder por trás da mensagem. Hoje, quando vir outros adictos recuperarem, tentarei reconhecer Deus neles, para que eu possa reconhecer melhor Deus dentro de mim.


COLABORAÇÃO DO COMPANHEIRO : DIEGO SILVA da cidade de Franca-SP(http://www.facebook.com/profile.php?id=100002280782757)