Nós Somos...

Nós Somos...

Por todas as vidas que um dia conhecemos e de alguma forma ajudamos a Recuperar.Por todos aqueles que nos apoiam e sempre nos apoiaram de alguma forma, provando que também acreditam na Recuperação.Por todos amigos que fizemos, que estiveram e que ainda estão conosco nesta árdua caminhada.Por um mundo sem o flagelo de uma grande infelicidade, que assola a humanidade nos dias de hoje e que se chama “DROGA”.Por todos aqueles que partiram sem vislumbrar a Luz da Recuperação.Por toda ESPERANÇA, todo AMOR e toda em um mundo LIMPO, onde prevalecerá a dignidade e o respeito pela vida.

Por Hoje... e Só por Hoje;

Somos a Raios de Sol; sempre acreditando que Viver, Vale a Pena!

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

VIDAS DESTRUÍDAS; ATÉ QUANDO?

DADOS SOBRE O USO DE ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS NO BRASIL

O assunto é contemporâneo; e cada vez mais vemos pessoas envolvidas ou vidas destruídas.
A pergunta é: Até quando?
Milhões de pessoas já se encontram na dependência ativa; bilhões de pessoas estão envolvidas direta ou indiretamente.
Não existe mais esse ou aquele que possa dizer: "Não é problema meu"...
DROGAS E ALCOOLISMO, um mal que já é parte da vida de todo mundo; Educação e Informação podem ser armas fundamentais nessa "guerra silenciosa". Porém, "FELIZMENTE!", já se percebe uma mobilização mundial na direção de se enfrentar o problema e também pela busca de soluções.
CABE UM ALERTA
 Bebida alcoólica continua sendo a mais mortal e perigosa dentre todas as outras espécies de drogas.

Observem o resumo de alguns dados interessantes e atualizados sobre uso das três mais populares, e mais consumidas, substâncias no Brasil.

O LENAD (Levantamento Nacional de Álcool e Drogas) é um levantamento realizado pelo INPAD (Instituto Nacional de Políticas Públicas do Álcool e Outras Drogas) da UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo); financiado pelo CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP).
A segunda LENAD foi realizada escolhendo aleatoriamente indivíduos com 14 anos ou mais de todo território brasileiro. Um total de 4.607 entrevistados responderam sigilosamente a um questionário padronizado com mais de 800 perguntas que avaliaram o padrão de uso de álcool, tabaco e drogas ilícitas, bem como fatores associados com o uso problemático, como depressão, suporte social, saúde física, violência infantil e doméstica entre outros.
Os dados a seguir foram retirados do site do INPAD, e representam alguns resultados preliminares do LENAD. Confira aqui o estudo na íntegra >> 

ÁLCOOL

Hábitos de consumo

  • 64% dos homens e 39% das mulheres adultas relatam consumir álcool regularmente (pelo menos 1x por semana).
  • Efeitos prejudiciais de beber

    • 32% dos adultos que bebem referiram já não ter sido capaz de conseguir parar depois de começar a beber.
    • 24% ainda acha que não tem problema dirigir quando se está apenas começando a sentir os efeitos da bebida alcoólica.
    • 25% da população geral relata sintomas de depressão. Entre bebedores problemáticos (consomem 6 ou mais doses por ocasião), este percentual passa para 41%.
    • 5% da população brasileira já tentou o suicídio. Dentre estes, 24% relataram ser relacionados ao consumo de álcool.
  • MACONHA

    Hábitos de consumo

    • 7% da população adulta já experimentou maconha na vida.
    • 3% da população adulta relatou uso de maconha no último ano.
    • Quase 4% da população dos adolescentes já usou maconha pelo menos uma vez na vida, e a taxa de uso no último ano foi de 3% (mesma prevalência encontrada na população adulta).
    • Quase 40% dos adultos usuários de maconha são dependentes.
    • 1 em cada 10 adolescentes que usa maconha é dependente.
    • Mais da metade dos usuários experimentaram pela primeira vez antes dos 18 anos.
    • 17% dos adolescentes que usaram no último ano conseguiram maconha na ESCOLA.
  • COCAÍNA

    Hábitos de consumo

    • Quase 4% da população adulta já experimentaram alguma apresentação de cocaína na vida. Este índice foi de 3% entre adolescentes.
    • No último ano, a prevalência de uso dessa droga atingiu 2% dos adultos e 2% dos adolescentes.
    • A cocaína usada pela via intranasal (cheirada) é a mais comum, já tendo sido experimentada por 4% dos adultos, enquanto 2% a usou desta forma no último ano.
    • Quase metade dos usuários (45%) experimentaram cocaína pela primeira vez antes dos 18 anos de idade.
    • A percentagem de usuários de cocaína se mantém constante entre as regiões (Norte=1,9%; Nordeste= 2,1%; Sudeste=2,2% e Centro-Oeste=2,6%), com a exceção da região Sul que apresenta o menor índice (0,7%).
    • Nosso país representa o segundo maior mercado de cocaína do mundo quando se trata de número absoluto de usuários.
    • O Brasil representa 20% do consumo mundial e é o maior mercado de crack do mundo.
VIVER, VALE A PENA; E VOCÊ TAMBÉM PODE AJUDAR A PROVAR ISSO. 
DEPENDÊNCIAS LÍCITAS E ILÍCITAS, DIGA "NÃO"!!!


INFORMAÇÕES COMPLETAS E DETALHADAS CLICK:


terça-feira, 11 de agosto de 2015

DEZ ANOS DE RECUPERAÇÃO


Quem de nós em 10 anos passados nunca viu ou ouviu alguma coisa a respeito de drogas ou alcoolismo?
Em dez anos de existência, a Raios de Sol conheceu e viveu inúmeras histórias. Muitas histórias tristes inicialmente, ou de infelicidade; mas, que graças ao Poder Superior se transformaram em lindas histórias de Vida, de alegria, de FELICIDADE e RECUPERAÇÃO.
São Dez Anos muito felizes que se completam com o orgulho de índices extremamente positivos!
Não há muito que se falar, só muito a comemorar; olhar para trás e recordar momentos maravilhosos, lembrar de pessoas ímpares que por aqui passaram, e que marcaram nossas vidas, que nos ajudaram a persistir, a acreditar.
Não podemos ser parciais dizendo nomes, pois cometeríamos injustiça com alguém que com certeza esqueceremos de mencionar; e assim, pretendemos, então, apenas estender um abraço fraterno no coração de cada um, que por aqui passou, que conosco conviveu, que nos ajudou, que com a Raios de Sol riu, chorou, comemorou; e que tem em sua memória pessoal uma verdadeira Lição de Vida, que nos é ensinada a cada ano, a cada dia, a cada minuto de RECUPERAÇÃO.
E é de RECUPERAÇÃO que constantemente falamos, é de RECUPERAÇÃO que eternamente vivemos; pois, todos nós, dependentes ou não, "recuperandos" ou familiares destes, ou ainda as chamadas "pessoas comuns" que não foram felizmente acometidas com a "doença" da adicção ou do alcoolismo, mas, que com certeza também tem algo a aprender, a consertar, a ajustar, a viver uma RECUPERAÇÃO.
RECUPERAÇÃO; uma linda palavra que expressa um dos mais nobres sentimentos do Ser Humano, o Perdão. Porque RECUPERAR é resgatar, é perdoar ou se perdoar, é aproveitar nova chance, é renascer, reviver, é voltar a ser FELIZ!
Agradecemos ao PODER SUPERIOR a benção de um dia a Raios de Sol ter nascido e caminhado até hoje; e pedimos Suas Bençãos para que essa caminhada seja infinita; e que cada vez mais conquistemos amigos e vitórias. E para que nosso coração e nossas portas estejam sempre abertas para seguirmos, SÓ POR HOJE, em busca de Eterna RECUPERAÇÃO, ajudando a provar que Viver, Vale a Pena!

QUE O PODER SUPERIOR NOS CONCEDA

SERENIDADE PARA ACEITAR AS COISAS QUE NÃO PODEMOS MODIFICAR;

CORAGEM PARA MODIFICAR AQUELAS QUE PODEMOS,

E SABEDORIA PARA RECONHECERMOS AS DIFERENÇAS.



terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

EXEMPLO EXPERIÊNCIA ATITUDE

DIÁRIO DA DESINTOXICAÇÃO / 52 DIAS SEM ÁLCOOL

A EMOCIONANTE CAMINHADA DE TICO SANTA CRUZ 



São 4 e pouco da manhã e escolhi vir para o meu quarto do hotel tentar descansar um pouco. A festa continuou, mas estou melhor aqui. Nesse momento é isso que quero viver e é o que me cabe.
Algo mudou nesses dois dias que passaram. Consegui fazer os shows e me divertir, de uma forma diferente mas não menos divertida. Acredito que tenha encontrado uma equalização que esteja me proporcionando essa sensação boa.
Já tem 52 dias que não uso nada. Em 52 dias vim percebendo muitas questões que estavam passando pela minha vida e não parava para reparar. Mas não sinto absolutamente nenhum arrependimento, nem por ter vivido as coisas que vivi e nem por ter optado por dar um tempo e mudar um pouco a lente de visão do que me cerca.
Muitas pessoas vem me falar que estão acompanhando esse diário. Muitas outras dizendo que passaram a buscar também, junto comigo, essa percepção de que vale a pena equilibrar um pouco o organismo, o espírito, o comportamento, para se buscar uma qualidade de vida melhor. Muito mais gente que imaginava.
Me param nas ruas, na academia, após os shows e perguntam se tenho conseguido me manter limpo e acho que por si só minha expressão física demonstra a realidade.
Um amigo me falou hoje "o legal de você estar colocando isso publicamente é porque você não está falando para as pessoas o que elas devem fazer, você está fazendo" - isso foi uma observação muito interessante. Ainda mais num mundo onde as pessoas estão sempre falando mais do que fazem. Fiquei pensando sobre isso e me deu ainda mais vontade de seguir fazendo o que realmente falo, sempre fui assim…
O meu editor sugeriu que eu escrevesse um livro sobre este processo, mas fiquei com medo de que isso pudesse gerar nas pessoas um sentimento de cobrança depois. Se por ventura em algum momento eu decidir voltar a beber, alguns pudessem interpretar isso de forma equivocada.
Então eu decidi rascunhar algo sobre como comecei a me relacionar com estas questões desde a minha adolescência.
Sobre como meus pais lidavam com isso. Sobre nossos diálogos, o conhecimento que recebi, a percepção que me foi passada, sem hipocrisias, sem culpas, sem chavões que nublam mais do que esclarecem essas relações, com álcool e drogas em geral.
Fui lembrando de um monte de histórias e ainda estou registrando isso. Não é uma biografia, pois minha vida não se resume a estes fatos. Tão pouco se parece com alguns livros de outros artistas que já li, pois eles precisaram chegar ao fundo do poço para entenderem que é preciso ter cuidado, consciência, disciplina e responsabilidade para lidar com as consequências de suas escolhas. Eu nunca precisei chegar no fundo do poço para perceber isso.
Creio que muito das abordagens dadas a este assunto sempre se tornam de alguma forma depoimentos de gente arrependida, com lições de moral, um desejo de pregação do que é certo e do que é errado e uma coleção de momentos ruins que estão diretamente ligados com os exageros sem limites.
Minha função está longe de ser esta.
Talvez o que eu escreva sirva para uma pessoa que queira se observar e escolha dar um tempo com relação ao que considere exagero. Talvez essa pessoa não consiga parar um pouco porque não se permite pensar que as coisas possam ser apenas por algum tempo - quando alguém gosta muito de algo e dizem que ela precisa parar para sempre, isso pode assustar e fazer com que o indivíduo não experimente a pausa. E talvez quando essa pessoa se permita experimentar esse intervalo ela perceba mais na frente que não quer mais voltar a cometer exageros, talvez algumas decidam até em parar definitivamente.
Mas como sempre preciso deixar claro, isso não serve para dependentes químicos. Dependentes químicos precisam de TRATAMENTO acompanhado por profissionais e antes de qualquer coisa, precisam perceber e desejar a ajuda, caso o contrário de nada adiantará qualquer esforço.
Então com quem estou falando?

Estou falando com você que não é dependente químico, mas que vem exagerando e vem sentindo que o corpo está dando sinais de excesso.
Na semana passada refiz meus exames de sangue. No início do meu processo de desintoxicação, meu médico verificou que meu rim estava prejudicado. Não estava atuando com a capacidade de filtragem adequada.
Quando é que eu descobriria isso se não tivesse escolhido me olhar um pouco melhor?
Talvez muitas pessoas estejam com problemas reversíveis mas nem tenham se dado conta de que precisam fazer estes exames. Não é raro que só percebam o dano depois que ele já está em estágio avançado.
Pois bem, meu rim estava com a creatinina alta, por conta não só do ÁLCOOL, mas porque eu usava uma suplementação para poder me exercitar na academia e essa suplementação também causa danos.
Tem muita gente forte, bonita, sarada, usando um monte de coisas e nem sabe como isso rebate dentro do organismo.
Parei de fazer uso dessa suplementação e meu médico mudou para outras substâncias que poderiam me ajudar a treinar de forma adequada. O fato de ter parado de beber por esse tempo também colaborou e agora no último exame que fiz o resultado saiu melhor. Voltei para o nível saudável, mas ainda preciso manter isso por algum tempo, então resolvi que não vou ficar só 90 dias, vou ficar o tempo que eu achar que estou bem sem precisar de nada. E quando decidi retornar com o que eu quiser fazer uso, que seja de uma forma diferente da de antes.
Isso só saberei quando resolver que vale a pena e que estou pronto para lidar com essa nova postura.
Não quero em momento algum com meus relatos fazer algum tipo de apologia a drogas, álcool, loucuras e diversões que muito me entreterão. Mas não vou agir como um hipócrita que vive negando os prazeres que teve com o que usou.
Eu assumo que existem muitos prazeres, mas reconheço que as consequências podem ser desastrosas sem consciência e equilíbrio e acho essa visão mais justa com quem está lendo do que culpabilizar ou criminalizar aquele que faz uso.
Continuarei meus relatos e seguirei escrevendo o rascunho do que pode vir a ser um livro, mas só publicarei se estiver muito certo de que de fato isso possa ajudar outras pessoas. Não tenho interesse nenhum em fazer sensacionalismo com esse assunto.
São 5 horas da manhã, VOU ME DEITAR, TRANQUILO, LIMPO, SÓBRIO, LÚCIDO E CONSCIENTE de que encontrei uma equalização que me diverte nesse momento e nela seguirei adiante…


FONTE: 

www.facebook.com/vencendooalcoolismo.com.br

sábado, 14 de fevereiro de 2015

COMUNIDADES TERAPÊUTICAS
O Diferencial é a Flexibilidade

O livro de Frederich B. Glaser: "As origens da Comunidade Terapêutica sem drogas: uma história retrospectiva", defende a idéia de que elas existem há mais de dois mil anos.

Uma comunidade de essênios em Qumran, que reunia pessoas com "problemas da alma" (temores, angústias, descontroles emocionais, paixões desvairadas), tinha uma "Regra da Comunidade" ou "Manual de disciplina", muito parecido com as normas existentes em nossas Comunidades Terapêuticas.
Mais tarde movimentos registrados na Inglaterra e nos E.E.U.U. (Grupos Oxford, A.A., Sijnanon e Day Top), apresentavam todos uma clara motivação ética e espiritual e, até hoje, influenciam uma parcela considerável de Comunidades Terapêuticas em todo o mundo. Em 1953 o psiquiatra escocês Maxwell Jones propôs o que foi denominada de "3ª Revolução na Psiquiatria". 
A Comunidade Terapêutica proposta diferia em tudo dos hospitais psiquiátricos então existentes. Estes apresentavam uma estrutura rigidamente hierarquizada e que atuava de modo autocrático. Havia muito pouca comunicação entre as pessoas dos diferentes níveis e uma passividade dos internos, mantidos na ignorância do que se passava ao seu redor e, principalmente, em relação ao seu tratamento.

A proposta de Maxwell Jones, realmente revolucionária, era a de democratizar essa estrutura diminuindo drasticamente a separação entre os diferentes níveis, estimulando a comunicação entre todos os membros, incluindo todos (inclusive o ambiente) no processo terapêutico, fazendo com que os internos participassem da condução do dia-a-dia da Comunidade. As Assembléias Gerais com a participação dos internos, todos com o direito de perguntar e de expor suas idéias, garantiam a manutenção dos objetivos propostos.

Os resultados alcançados foram bons, mas a prática indicou algumas correções de rumo, sem prejuízo das diretrizes básicas. Maxwell Jones havia ressaltado a participação ativa dos internos na própria terapia, a comunicação social democrática e igualitária, o envolvimento de sentimentos, permitindo a redução de tensões sociais.

Elena Goti, em 1997, lembrando que a CT não se destina a todo tipo de dependente, diz que ela deve ser aceita voluntariamente e que o residente é o principal ator de sua cura, ficando a equipe com o papel de proporcionar apoio e ajuda.
George De Leon, em 2000, enfatiza que a CT é uma abordagem de auto-ajuda, fora das correntes psiquiátricas, psicológicas e médica. Fala sobre a natureza terapêutica de todo o ambiente, sobre sua grande flexibilidade, no enfoque da pessoa como um todo e diz que é um processo a longo prazo, que deve resultar em mudança pessoal e no estilo de vida. Finalmente, adverte sobre o perigo de serem introduzidas práticas que contrariem a essência da proposta da CT.

A Comunidade Terapêutica para o dependente químico, graças à sua grande flexibilidade tem sido adotada em países com diferentes formas de governo, de culturas diversas, de vários graus de desenvolvimento e de religiões diferentes. Quando seus princípios básicos são respeitados os resultados obtidos são bons, o que explica sua multiplicação constante em todos os continentes.

FONTE:
http://www.febract.org.br/
Bibliografia Básica
1. DE LEON, George. A Comunidade Terapêutica: Teoria, Modelo e Método. Ed. Loyola, 2003;
2. FEBRACT. Drogas e Álcool - Prevenção e Tratamento. Ed. Komedi, 2001;
3. GOTI, M.E. La Comunidad Terapéutica - Um desafio e la droga. Ed. Nueva Vision, 1990.